Paz Interior
O estado de espírito de "Paz Interior" corresponde ao estado de plena capacidade de funcionamento e de "alta fluência" das energias que nos constituem. Apenas nesse estado o ser que somos se conserva no estado perfeito, pleno e com acesso a todos os seus níveis de inteligência e de poder. A paz é uma condição da "plena Humanidade" e tem como condição primária a "desanimalização" da consciência. O que isso quer dizer? Somos considerados "animais" porque conservamos as "virtudes dos animais irracionais": reação automática, impulsividade, intempestividade, agressividade, violência e alta capacidade de matar.
Fomos programados para vencer a nossa animalidade. E isso é, de tal forma importante para nós mesmos que, se não o fizermos por querer, seremos constrangidos a fazê-lo. A mansuetude, ou mansidão foi uma das primeiras recomendações do Cristo e ele a colocou como uma condição indispensável para a felicidade e para termos acesso ao próximo nível da vida que é "espiritual".
E para sermos considerados "racionais" a única condição é "Usar o Raciocínio", mas para termos "Paz Interior" é indispensável sabermos com que "matéria prima" ela pode ser construída. As palavras possuem em si mesmas as suas especificidades, ou seja, a virtude essencial imutável. Paz, se constrói com pensamentos de paz, palavras e atitudes de Paz, pacificamente, ou seja pela mente pacífica. Sem combate, sem estresse, sem tensão, sem discussão e sem disputa.
Pode-se perfeitamente compreender e enumerar as vantagens do comportamento pacífico: Nos mantemos no nosso melhor nível de capacidade e de poder, temos acesso ao melhor de nossa inteligência e a visão perfeita das perspectivas e das possibilidades. O que é pacificar-se? É permanecer em estado de"integridade" mesmo diante das adversidades, é ter poder diante de adversários e ter luz própria para trafegar com segurança mesmo na escuridão. Jesus recomendou atitudes não reativas: "Não resistais ao mal",recomendou não disputar, recomendou largar o mal, recomendou a aceitação do mal sem resistência para gerar o livramento magnético.
Recomendou ainda atitudes opostas, de oferecer a outra face,dedar a capa ao que quer tomar a túnica, andar mais mil metros além dos mil que nos obrigaram a andar. A razão? É óbvia: anular o magnetismo negativo gerando ainda a inversão magnética. Para sairmos da polaridade negativa para a alta atração positiva. Como poderíamos fazer isso? Isso implica em "nos contermos" para não reagirmos automaticamente, implica em "gerenciarmos as nossas forças" para não agirmos por impulso, implica em pensarmos na melhor possibilidade para "escolhermos a melhor diretriz para a nossa ação", implica em mantermos o controle de nossas forças internas para não agredirmos, para não empregar a violência e, obviamente, para não matarmos.
Paz Interior
É o centro de energias do tempo presente que liga o passado ao futuro e está localizado no coração que é chamado de sede do som sem pulsação. Tem como princípios as virtudes divinas e se desbloqueia com o amor ao próximo. É a sede da vida física e individual, estimula o processo da nutrição do corpo, a vitalidade física e a atividade mental, por sua influência sobre o cérebro. Tonifica o sistema glandular e ativa a secreção interna. Acesa a sua chama ao homem é outorgada a sabedoria divina e ele reconhece as verdades por si mesmo, vendo o que está além das aparências e do que está escrito na forma. Por causa disso ele se torna reconhecedor da grandeza da criação e se torna humilde.
Alcançando esse nível de energias se tem o controle sobre esse centro e a sua aceleração leva o homem a ter o domínio do pensamento e a ter foco naquilo que quer realizar. A estabilidade interior lhe dá paz de espírito, resiliência e o torna perseverante, paciente levando-o a sentir aumento de fé e fortalecimento da confiança. Os sentimentos relacionados com as nossas atitudes e ações ocorrem nesse centro, na área do timo, como ponto de retorno do que fizemos antes. Nele se unem o fogo sagrado das leis que gravamos no passado, vivências do presente, e a luz da mente que nos conecta com o céu da cabeça. Ele é considerado o centro da vida e residência do Cristo interior. O impulso Crístico parte desse centro e domina o reino interno tratando de absorver o pensamento do homem para esse mundo.
Ele regula o sentimento de amor, as emoções e nossas relações com as pessoas, especialmente com as do sexo oposto, ele é bloqueado pela tristeza e pela melancolia. Nesse centro começa a surgir no homem a possibilidade de entendimento de duas coisas importantes: a neutralidade do amor e a importância do bem, como forças de constituição do “Eu superior”. Nele começa o fim da tristeza pela compreensão da necessidade de adversidades no aprendizado da vida. E por sua ativação se estabelece um estado de paz interior jamais alcançado.
O que é a tristeza e quais são os seus princípios? É um sentimento de vazio do amor, e tem como princípio a incompreensão da vida. Como se forma a tristeza? Pela contrariedade, por meio da insatisfação e da recusa de aceitar a vida como ela é e os outros como eles são. Mas também pelo fato de não nos aceitarmos tal como somos. De fazer oposição às atitudes dos outros quando elas estão relacionadas com você e suas crenças. Decepção, frustração são fontes perenes de amargura que é o elemento chave e fundamental para a formação da tristeza.
Ficamos tristes por não sermos o que queríamos ser, por não podermos o que gostaríamos de poder, por não fazermos o que gostaríamos de fazer, pelas atitudes do outros, por comportamentos alheios, quando julgamos o que as pessoas fazem, falam ou por seu modo de ver a vida. Queremos que todos sejam perfeitos como são os nossos ideais, porém não pensamos nas pessoas como queremos em nossos ideais. Pensamos neles e esperamos que sejam assim apesar de projetarmos nelas nossos defeitos e nossas necessidades espirituais.
Enquanto tivermos foco no ideal e não no amor, teremos comportamentos de juízes e não nos sentiremos satisfeitos.
O que sentimos está relacionado com o que pensamos e, principalmente porque pensamos como juízes. Então o fundamento dos nossos sentimentos de amargura é a contrariedade que temos pelo fato de as pessoas serem diferentes do nosso ideal. Elas são espelhos do que lhes projetamos e o que projetamos nelas pessoas são as qualidades que possuímos em nosso caráter e, mesmo projetando isso, queremos que elas sejam diferentes disso, queremos que sejam perfeitas. O princípio da paz interior está na cessação dessa postura de julgadores que tomamos para nós mesmo sem que recebêssemos indicação ou autorização para fazer isso. E perdemos a nossa paz interior em função de julgamentos apesar de ter sido recomendado ao homem que não faça julgamentos.
Eu estrago um carro, ponho nele uma peça defeituosa e, por lógica sei que não vai funcionar bem, ou talvez nem funcione, mas ponho defeitos em uma pessoa e quero que ela funcione de modo perfeito. Mas um dos poderes que nós temos, como seres humanos, é o de atribuir papéis para os que convivem conosco e eles são fiéis nessa representação. Não era de fato para nos decepcionarmos porque todos são como pensamos que são. Não era para nos sentirmos tristes, porque nós mandamos as pessoas serem do jeito que elas são conosco.
Há um princípio do relacionamento que diz que tudo o que pensamos sobre os outros é projeção do nosso conteúdo mental, ou seja, que a atitude do outro reflete o que nós mesmos somos, eles são como espelho da vida, refletindo o que somos, e com o reflexo eu possa ver a mim e possa sentir na própria pele o que é ser como eu sou, e isso me leve a mudar de pensamentos.
O princípio do fim da tristeza é impregnar o nosso interior de amor pela vida, por nós mesmos, e projetar esse amor nas pessoas. Temos essa incumbência, de melhorar a vida. E isso só é possível quando nós nos reconhecemos como seres cósmicos, entendemos que somos espíritos e que, os outros também o são. Quando nós nos tornamos capazes de perceber que a natureza divina é comum a todos nós, perdemos as atitudes de julgamento, paramos de pôr defeitos e deixamos de ter os sentimentos de tristeza. Se você não consegue nesse momento pensar assim, com o andamento do curso você saberá porque e como mudar esse posicionamento, então mudará porque saberá quais são as razões porque não se deve ser triste.
Às vezes nos sentimos entristecidos por perder pessoas queridas, por perdermos status ou por outras perdas, mas a vida sempre se renova depois de alguma perda. Tudo acontece em ciclos e, se prestarmos atenção o encerramento de algum ciclo traz em sim um aprendizado indispensável para começarmos outro ciclo. Quem fica, na situação em que fica, desenvolve em si outros valores que só são desenvolvidos por ocasião de grandes perdas, como o desapego, como dar valor a tudo conforme o que está em nossa experiência, sem apego.
E o entendimento a respeito de pequenas coisas, gestos, atitudes, ações que valorizam a vida porque raramente damos valor às pequenas coisas e muitas delas são muito importantes. Os valores reais só são reconhecidos nas perdas.
Quando se perde algo se valoriza mais aquilo que se tem por perto e se reconhece valores que antes não eram reconhecidos. Em coisas, em pessoas, nas situações vivenciadas, tudo é assim, tem mais valor depois de alguma perda. O amor está sempre dentro de nós e se não o damos a alguém perdemos a oportunidade de tornar esse alguém cativo, de dar a alguém o que nós temos de melhor.
Um novo amor surgirá, uma situação perdida será substituída por outra, um status perdido será renovado e ampliado e assim por diante, a vida se movimenta sempre orientada pelo que pensamos, então se libere da tristeza e preencha os vazios de suas perdas por situações novas, sejam elas ideais, ou não, por outras pessoas, sejam elas ideais ou não, e por status diferentes sejam eles ideais ou não.
Os ideais sempre estiverem disponíveis, podemos nos apropriar deles, mas devemos saber valorizar o que estivermos experimentando, isso é saber viver. Não fazendo oposição ao que é, temos a certeza de que a vida fará passar o que agora nos atormenta e colocará algo em seu lugar, se nos apegarmos ao que é, sendo ruim ou bom, isso permanecerá. Desapegar-se do que já não se tem e do que ainda não se tem é o único meio de aprovarmos a vida de a tornarmos favorável a nós.
Tudo vem e se vai, seguindo livremente o seu caminho quando não nos prendemos a eles. E algo novo sempre aguarda a oportunidade de vir para a sua realidade. Abra-se para o novo, libere-se para outras possibilidades, amargurar-se não irá lhe dar de volta o que perdeu. Enquanto isso você perde tempo quando já poderia estar vivenciando situações novas e melhores.
O poder da vida é para quem tem o seu controle (autocontrole)
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